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|RESENHA| O fim de todos nós, Megan Crewe

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Voltei, trazendo esta resenha e prometendo vir com mais frequência. Eu sou o Rômulo Neto e, este livro do qual vou falar, foi comprado durante minha viagem ao Rio de Janeiro mês passado. Desta vez realmente fui atraído por uma capa e um precinho irresistível rsrs, sem mais delongas, vamos la!

O fim de todos nós. Primeiro livro da trilogia Fallen World, lançado no Brasil em 2013 e ainda sem previsão de lançamento dos títulos seguintes (The Lives We Lost e The Worlds We Make). O que é uma pena, pois pode ter certeza que quando você terminar de ler O fim de todos nós você vai querer continuar logo em seguida. Publicado no Brasil pela Editora Intrínseca, O fim de todos nós traz a capa no mesmo estilo do original, e foi uma das coisas que justamente chamou minha atenção de cara, uma capa amarela com letras grandes e com um relevo áspero, dois personagens caminhando sozinhos por um caminho aparentemente desolado. Não pude sair da loja sem comprá-lo.

Com uma autora não tão conhecida (Megan Crewe) aqui pelo Brasil, O fim de todos nós é aquele tipo de livro pelo qual você não dá nada; eu mesmo fui uma dessas que comprou já imaginando um livro fraco. Talvez tenha sido algo bom, pois assim eu não crio grandes expectativas perante o livro e não me decepciono, que é o que acontece com alguns outros livros já mais conhecidos, os quais peguei para ler com tão grande expectativa pelo que falavam e prometiam e não achei lá essas coisas. Com O fim de todos nós eu me surpreendi. O livro possui 267 páginas e está dividido em três partes: SINTOMAS, QUARENTENA e MORTALIDADE. Três partes significativas quando se trata de uma doença epidêmica.

O livro é narrado em primeira pessoa na forma de um diário. A personagem principal é a Kaelyn e ela decide usar seu caderno como diário para se manter na linha e treinar tudo que ela quer dizer ao seu melhor amigo Leo. Kaelyn mora em uma cidade que fica em uma ilha e o seu melhor amigo Leo foi recentemente embora dessa ilha; de início sabemos apenas que os dois estão brigados por algum motivo e estavam sem se falar, então o diário também é uma forma de Kaelyn “conversar” com Leo. Conforme o desenrolar da história acontece, nós vamos entendendo o porquê de eles terem parado de se falar.

Kaelyn tem certos problemas para se socializar com outras pessoas e, quando começa o diário, ela diz que vai mudar isso, por ela mesma e pelo Leo. Com isso ela começa a tentar falar mais com outros colegas nos corredores e tenta socializar; um seminário de história em dupla é passado na escola e ela faz par com sua amiga Rachel, e vai à casa dela para começarem o trabalho. É nesta parte que podemos ver realmente os SINTOMAS. Quando na casa de Rachel, seu pai aparece com uma aparente gripe e age de uma forma estranha.

“Tudo tem início com uma coceira insistente. Então vem a febre e o comichão na garganta. Dias depois, você está contando seus segredos mais constrangedores por aí e conversando intimamente com qualquer desconhecido. Mais um pouco e começam as alucinações paranoicas. Então você morre.”

Neste ponto o enredo passa a se desenvolver mais rápido, pessoas na cidade com a estranha nova gripe vão surgindo e medidas vão sendo tomadas, como não sair muito de casa e o uso de máscaras. Quando a situação vai se agravando, a ilha é colocada em estado de QUARENTENA. Ninguém mais entra ou sai da ilha, suprimentos são deixados através de uma barca, depois de um tempo a barca é suspensa e fazem a entrega por helicóptero, até aos poucos o governo ir deixando de dar apoio. Problemas com a comunicação telefônica para fora da ilha e com a internet também acontecem por falta de manutenção devida, com o tempo perdem a filtragem da água e até mesmo a energia elétrica.

Ai vem a MORTALIDADE, muitos já morreram e outros estão prestes a morrer pela doença até então sem cura, apenas seis pacientes conseguiram se curar até então, e de uma forma que eles não sabem identificar como. Não bastando os problemas de saúde e saneamento, surge pelas ruas uma gangue que arruma a forma deles de sobreviver ao vírus, roubando suprimentos, incendiando casas e matando doentes.

“Estamos em um penhasco, todos nós, e a sobrevivência não é uma questão de ser melhor ou mais inteligente. É uma questão de resistir o máximo possível, de tentar, falhar e tentar novamente até se aproximar um pouquinho mais de uma solução”. Pag. 259

Mesmo com o livro sendo narrado em primeira pessoa, Megan Crewe sabe muito bem desenvolver outros personagens envolvidos. Você não precisa se identificar apenas com o Leo ou a Kaelyn. Temos outros personagens que também ganham seus destaques, como o pai da Kaelyn, que é o único microbiologista da ilha, o irmão de Kaelyn, Drew, que tem certos problemas de relacionamento com o pai por ser gay. Você ainda pode se identificar com a pequena Meredith que é prima de Kaelyn ou sua inesperada nova amiga, Tessa, que é namorada de Leo. Tem ainda o metido a herói Gav e seus amigos Warren e Quentin. Personagens bem diferenciados não vão faltar na história e pode ter certeza que com ao menos um deles você vai se identificar. O fim de todos nós pode não ser “O livro”, mas é um livro de uma simplicidade incrível que comove com seu desenrolar. Agora com esse final que faz você pensar “TA FALTANDO PÁGINA NISSO AQUI” e implorar pelo segundo, temos apenas que esperar que nossa querida Intrínseca não demore mais tanto para lançar os outros dois. Fica aí essa recomendação ótima que me tirou de minha ressaca literária. Agora continuo com minha lista e daqui a pouco trago mais resenhas a vocês!

P.S.: Quero ver não bater o nervosismo depois que você ler e você sentir uma coceirinha haha.

15 comentários em “|RESENHA| O fim de todos nós, Megan Crewe”

    1. Eu também não dava nada por ele May! Mas dei uma chance e foi até que bom. Não chega a ser um grande livro mas é uma boa leitura sim, quando você tiver um tempo eu recomendo. Bj

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  1. Woooww, fiquei bem interessada nesse livro. Ótima resenha, já me deixou até curiosa em saber o porquê de eles estarem brigados. Já li uma resenha sobre outro livro da Megan, “Vive up the ghost” mas até hoje não o encontrei.
    Vou caçar esse e matar minha curiosidade! Parabéns, ótima resenha.

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  2. Oi Roh 😉
    Fico muito feliz que tenha seguido minha sugestão de escrever mais resenhas aqui. Adorei e já aguardo as próximas.
    Esse livro até que me interessou, não tanto quanto outros, mas ele tem um tema que me é interessante, por ter essa pegada meio de ficção científica, essa coisa de epidemias. A Intrínseca parece curtir livros do tipo (esse, o Estação Onze e o que sairá esse mês sobre uma super gripe), rsrs.
    Parabéns pelo texto.
    Abraços 📚😊

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    1. E eu fico mais feliz ainda por você ter gostado meu amigo! Obrigado pelo conselho rsrs. Estou muito interessado em Estação Onze também, mas preciso seguir minha lista ainda haha.

      Abraço!

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