Resenhas

Resenha: O refúgio do marquês, de Lucy Vargas

Olá, leitores!

Não queria começar a postagem de hoje revelando o meu lado psico-fanática, mas é impossível não agir assim com a simples menção do nome Lucy Vargas. Existem N motivos, multiplicados por 1804, que me fazem tão louca por essa escritora. Vou mostrar hoje o principal, um lindo, doloroso e delicado romance de época…

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Título: O refúgio do marquês (Os Preston, vol. 1)

Autor (a): Lucy Vargas

Editora: Charme

Páginas: 312

Ano: 2015

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Agora você é meu refúgio e, com certeza, o mais belo.

– Henrik, Marquês de Bridington

Henrik e Caroline não poderiam ser mais diferentes.

Ele, o Marquês de Bridington, é um homem selvagem e inapropriado, que vive há anos no campo, fugindo dos fantasmas do seu passado obscuro e repleto de segredos.

Ela, Caroline Mooren, a Baronesa de Clarington, é uma jovem destemida, com um passado doloroso, que recebe a missão de reformar a mansão e talvez o marquês, ao menos é o que a marquesa viúva espera.

Ele é um caso perdido. Ela é uma mulher com um futuro incerto. Mas juntos, eles se completam e acendem a chama da paixão, que ambos acreditavam estar completamente extinguida, trazendo à tona segredos e temores que ambos escondem.

Se reerguer sob o peso do passado será uma batalha que ultrapassará os limites do refúgio que o marquês pensa ter construído, mas será que o amor é capaz de ultrapassar tantas barreiras e vencer, ou eles perderão tudo outra vez?

– Lydia, está é Lady Caroline. Ela é uma parente distante de sua avó. E ela resolveu se instalar aqui em casa porque é completamente insana e nunca para de falar. Mas é uma dama, então a trate como tal.

– Henrik, Marquês de Bridington

Caroline é uma viúva pobre, casou-se com um barão que não se preocupou em lhe garantir sustento e, olha que interessante, armou para se casar com ela. Após a morte de seu marido, Caroline recorre a única parente, inclusive bem distante, com bens, a marquesa-viúva de Bridington. Hilde, a tal marquesa-viúva, convoca Caroline um bom tempo depois para dá um jeito na propriedade Bright Hall e, se possível,  no marquês também.

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O atual Marquês de Bridington, Henrik, é um homem da terra, com um bronzeado escandaloso, selvagem em todos os termos e carrega uma tristeza profunda na alma. Uma coisa que Hilde faz questão de criticar no filho é sua escolha de esposa, afinal, ele se casou com uma megera. E a criatura não morre de jeito nenhum! Apesar de todo mundo achar que ela está por um fio…

– O que eu descobri que sinto por você pode ser condenável, mas é tão precioso para mim que prefiro continuar sentido.

– Henrik, Marquês de Bridington

A princípio, Henrik não gosta nada da mulher determinada e firme se enfiando em sua casa, mas aos poucos começa a ver como é bom tê-la por perto. Para o benefício de Lydia, sua filha, para o benefício da mansão e das terras e, claro, para seu próprio benefício, mesmo que ele pense não merecer sequer um raio de sol. Aquela mansão, Lydia, o marquês, os empregados, tudo começa a despertar em Lydia a sensação de lar, mas os sentimentos que o marquês desperta nela… ah…

– Meu passado é uma caixa amaldiçoada que eu não consigo trancar, mas tampouco quero abrir.

– Henrik, Marquês de Bridington

Uma mansão caindo aos pedaços, uma viúva pobre e um marquês selvagem, e um mistério para temperar. Sempre tem que ter algo a mais em uma estória para ela poder me conquistar, a metáfora da mansão em ruínas para expressar o segredo doloroso que mancha o Herik é perfeita. Sabe quando algo está ruim por dentro, e começa a se tornar um peso maior a cada dia, e acaba refletido no exterior? E é a mesma decadência que leva Caroline a se encontrar com o marquês, ela que aos poucos revitaliza o lugar e o homem que a habita.

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Queria falar para vocês detalhadamente minha experiência de leitura, mas eu li esse livro em 2015 e reli em setembro do ano passado. Eu tinha a maior pretensão de resenhar o livro, contudo, fiquei bem enrolada por causa da faculdade e de ter ido pra Bienal tancando o foda-se e cantando o hino do ‘Eu vou nessa porra e ninguém me segura’. Toda delicadeza do mundo… Okay, nem tanta, mas valeu a pena resolver as besteiras da faculdade só por ter conhecido a Lucy ❤ Prometo voltar e fazer uma baita resenha de Uma dama imperfeita, segundo volume da série.

– Eu já li tanta coisa na vida, Caroline. Para alguém como eu, sempre à procura de um refúgio, a leitura é o mais alto castelo existente.

– Henrik, Marquês de Bridington

O que eu posso dizer é que, de fato, o livro me marcou. Ainda senti, na minha releitura, uma revoada de borboletas no meu estomago. Aquela sensação maravilhosa que eu senti ao ler o livro a primeira vez, um misto de encantamento e surpresa. A forma em que eu me pendurei em cada frase, fiquei extasiada em várias cenas e me emocionei. Senti tudo de novo e um pouco mais. A vontade de colocar o Henrik no colo não passou, ficou maior. Quero tanto que vocês sintam tudo isso e muito mais também!

Beijos, May

P.S.: Acho que consegui me segurar um pouco, só estejam preparados para o meu lado obsessivo na entrevista com a autora amanhã.

8 comentários em “Resenha: O refúgio do marquês, de Lucy Vargas”

  1. Não lembro do ultimo romance de época que tive contato.
    Tenho uma amigo que é viciado.
    Ele vive dizendo que vai passar esse amor para mim também.
    Quer saber? Você falou tão bem da Lucy Vargas que eu vou procurar para ler.
    Vai que me apaixono também?!

    Bom Domingo! Abraços!

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    1. Esse seu amigo deve ser gente boa, já quero pra mim um amigo assim! Ela é uma escritora maravilhosa, recomendo (se vc ainda não leu) a ler a entrevista que eu fiz com ela. Vai sentir a ligação com ela de primeira, o que vai deixá-la viciada na mulher. LEIA, PLS!

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  2. Bagagens do passado, decepções, personalidades aparentemente diferentes.
    Amo quando tem essas coisas nos livros, principalmente quando é um romance de época, pois o mistério que ronda os personagens, levam nossas emoções ao ápice.
    Anotado ✔

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